PEDRO CALADO DISSE QUE RARAMENTE ENCONTRAVA OS FUNCIONÁRIOS DA CÂMARA E POR ISSO ERA DIFÍCIL DE OS AVALIAR
Um relatório do Tribunal de Contas (TdC) atribui a Pedro Calado, ex-vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, o pagamento indevido de 2,4 milhões de euros relativos a 625 trabalhadores que subiram de categoria.
De acordo com o relatório do TdC, que respeita a 2009 e 2010, e agora publicitado, Pedro Calado terá decidido autorizar a subida de categoria a esses trabalhadores, num processo que o tribunal considerou ilegal, ‘’na medida em que não houve lugar a uma efetiva avaliação em sede do Sistema Integrado de Avaliação na Administração Pública’’.
Segundo o mesmo relatório do Tribunal de Contas, ‘’os pagamentos realizados ao abrigo dessa autorização , num total de 257.215,70 euros são ilegais e a eles não (...) correspondeu qualquer prestação efectiva’’.
Pedro Calado, confrontado por este jornal perante tal acusação, defendeu-se, dizendo que tentou por diversas vezes ao longo desses anos, implementar testes de avaliação aos trabalhadores municipais, mas só conseguiu apanhar uma pequena percentagem dentro da Câmara no horário de trabalho. ''A maior parte passava a vida nos cafés das redondezas (...) até chegamos a distribuir os formulários pelos cafés e tascas em redor do edifício da Câmara, mas como nessa altura eles estavam a tratar dos seu negócios e assuntos pessoais, era difícil de obter os documentos preenchidos. Os seus superiores hierárquicos era diferente. Como a maior parte sabe das tramoias que nós fazíamos lá na Câmara, se também fossem calados, subiam logo de categoria.
Por outro lado, a nossa estratégia foi a de nomear os técnicos superiores, chefes de si próprios. Assim era mais fácil eles obedecerem a eles mesmo e por isso foi uma forma eficaz de manter a paz e um bom ambiente dentro da Câmara’’, declarou Pedro Calado ao nosso jornal.
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