quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

JORNAL DA ARRASTADEIRA QUER CONTRATAR GILBERTO TEIXEIRA

O JORNAL DA ARRASTADEIRA está em negociações com Jornal da Madeira, no sentido de comprar a contratação do grande humorista Gilberto Teixeira, que enriquece a prosa desse Jornal nosso concorrente, com os seu divertido artigos de opinião.

Hoje o Jornal da Madeira publica mais uma das humorísticas crónicas de Gilberto Teixeira. Aqui deixamos o testemunho dessa belíssima crónica sublinhando as passagens mais divertidas.



Apreciei algumas atitudes do deputado Rui Barreto do CDS, no âmbito do seu trabalho parlamentar na Assembleia da República, e tenho a sensação de que é um jovem que não se deixa arrastar por certas especulações e manipulações políticas. No artigo que escreveu no passado domingo, no tal diário independente onde se trocam favores mediáticos, espalhou-se ao comprido. Acontece aos melhores. Não se preocupe. Foi um lapso que se aceita. Mas que é especulação e manipulação.

Diz o deputado que “os cidadãos da Madeira e do Porto Santo têm entre mãos, uma oportunidade única. Uma oportunidade de forçar, (sublinho forçar) através das suas escolhas, uma alternativa política que, no actual quadro partidário, só (sublinho o só) poderá ser representada pelo CDS-PP Madeira referencial de unidade e de coesão. Essa unidade será reforçada no congresso regional que se realiza no próximo fim de semana e que reelegerá José Manuel Rodrigues”.

As pessoas são livres ou não são? A democracia só tem valor pela liberdade de cada indivíduo pensar e agir por si próprio. Forçar, é coagir. Cada um escolhe o que quer, sem ser forçado, empurrado, catequizado. Usa um direito e cumpre um dever cívico, em inteira liberdade. As eleições ainda são no próximo ano, e os actuais partidos vão dar muitas voltas, e surgirão como anunciado e segredado em tertúlias bem conhecidas, novos candidatos ao poder.

Daí que não seja “só” o CDS a poder atrair atenções dos cidadãos que vão eleger o próximo governo da Região Autónoma da Madeira. Não sei se vai ser desta ou daquela maneira. Mas há 40 anos que ouvimos esta ladainha, e nenhuma liderança do CDS foi capaz de ganhar eleições. Como nenhuma liderança dos outros partidos, particularmente os arrogantes do PS que nunca imaginaram ter um líder tipo Vítor Freitas. Não me compete julgar se é melhor ou pior do que José Manuel Rodrigues. Sei pela comunicação social que Vítor Freitas considera José Manuel Rodrigues igual aos outros líderes dos outros partidos regionais. Discordo.

Há outra coisa que atormenta o povo. É que o senhor deputado Rui Barreto já se adianta a escrever que neste congresso vão reeleger José Manuel Rodrigues. Pois muito mal vão os partidos, onde não há quem contradite o líder. Sem vozes diferentes, e até dissonantes, os partidos valem zero. Essa unanimidade não se usa numa democracia com 40 anos. Marine Le Pen foi eleita com 100% de votos. Mas a extrema-direita em França não se compara com a Madeira. José Manuel já está reeleito antes dos votos. Queixam-se de tudo, têm propostas para tudo, mas não vingam como partido. Agachados do sistema? Óbvio!

Para quê gastar dinheiro num congresso se toda aquela encenação é para louvar, endeusar, dar graxa a uma pessoa, cujos méritos não ponho em causa, mas que se tem revelado um perdedor de eleições sucessivas ao longo de anos. Não me digam que estão todos de acordo com a perdedora actuação do líder que, tal como tem acontecido noutros partidos, receberá os quase 100% dos votos, e daí a dias, (cruzes canhoto) pode estar de saída tratado como indecente e má figura.
Recuso citar nomes, porque o momento é delicado. Figuras gradas do Estado, passadas, presentes e (indecorosamente) futuras estão a contas com a Justiça. Aconselha a prudência que escreva com cautelas redobradas. Imagine o senhor deputado que o seu artigo de opinião, que me merece todo o respeito, não me suscitava reparos? Que lástima. Está fazendo o seu trabalho de casa com todo o empenho e ardor ideológico. Só que há mais gente a pensar (melhor do que eu) e que já não vai nessas cantigas.
Todos temos direitos, liberdades e garantias constitucionais.

Mas cá para nós, que ninguém nos lê, não somos tratados como iguais, não pensamos todos da mesma maneira, nem fazemos política de interesses. Abaixo do seu artigo, tem outro, do Leonel de Freitas com quem não converso há muitos anos. Concordo com as críticas a Passos Coelho.

Admito até que este primeiro-ministro que temos, se assemelhe a Salazar, por tratar-nos como colonos. Ele esquece que a Península de Portugal, onde ele (ainda) se sente rei sem trono, despojada das Regiões Autónomas, não passa de uma junta de freguesia de Espanha. O Leonel explicou bem. Só que Salazar era ditador e inteligente. Este faz as duas coisas mas só para os “apanhados”.

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